Príncipes Encantados.

Um dia desses estava fazendo uns testes na Capricho, e um dos resultados que eu achei interessante foi esse:

“Romantismo é a palavra que te define. Você procura por um conto de fadas, onde um príncipe encantado irá te esperar em casa todas as noites para te surpreender com alguma coisa fofa. Cuidado: príncipes não existem. Romantismo é bom, mas, se exagerado, pode acabar sendo um pouco meloso demais...”

E isso me surpreendeu mais uma vez. Como eu fiz um texto que está até aqui no blog, eu já tinha desiludido desse negócio de Príncipe Encantado. Eu já desisti de tentar achá-lo, porque nunca é o certo.

Eu fiquei surpreendida pelo fato de que eu desisti dos meninos. Desisti. Só não desisti de amar, porque é impossível, mas de entender essas cabeças estranhas, com minhocas e outras coisas, eu já tinha deixado de lado há muito tempo.

Príncipes Encantados é só mais uma propaganda enganosa dos Contos de Fadas, onde tudo é lindo e perfeito. Quando somos crianças, somos iludidas com essas palhaçadas e acabamos virando umas maníacas por Príncipe, que na realidade não existem. Ninguém é perfeito e nunca será. Todos temos nossos defeitos e não podemos tirá-los de cada um, mas sim, aprender a conviver.

Amizades.

Muitas pessoas dizem ter as melhores amigas do mundo, mas será mesmo? Elas conseguem se enganar, uma amizade que um dia fala e o outro não, uma amizade que não flui. Eu tenho pessoas ao meu lado que acima de tudo, me amam do jeito que eu sou: escandalosa, idiota, retardada, infantil, mongol, estabanada, entre outras coisas.

Eu sei que com elas eu posso contar, eu posso chorar horas e horas ao lado delas, que elas vão estar comigo e não me deixarão sozinha. Eu sei que posso contar o absurdo e elas vão me alertar. Sei que escutarei verdades ruins, mas que serão bem melhores no futuro. Sei que posso sorrir que todas vão sorrir por mim. Sei que posso chorar que todas vão chorar por mim. Sei que posso ser feliz ao lado delas, e que se algo me afetar, afeta a elas também.

Mas além dessas dádivas da minha vida, que me fazem sorrir por qualquer idiotice, tem o idiota máster.

Um dia “namoramos”, e não foi nada produtivo. Passado um tempo, nós nos entrosamos demais e eu acabei o considerando como melhor amigo. Ele só queria mesmo era coisas que no momento eu não podia dar, por estar apaixonada por outro garoto. Os conselhos dele eram os melhores, mas a nossa amizade era feita de momentos bons, e quando alguma coisa me afetava demais a ponto de chorar, ele apenas dava um conselho e ia embora. Quando as coisas não davam certo pra ele, não me procurava pra eu tentar ajudar, ou seja, ele sabia demais da minha vida, e eu não sabia da dele. Eu estava amando pelos dois. Sustentava a amizade pelos dois. Isso me cansou e eu desisti dele.

“Amigos são anjos enviados a Terra para nos ajudar a encontrar o caminho certo.” – Só para Garotas.

Pense e repense em quem você confia, porque nem sempre essa pessoa confia em você do modo como você confia nela. Pense que o termo “amigo” ou “melhor amigo” não é como um “oi”. Dê a sua confiança a quem merece. Amigos não podem ser jogados fora e nem deixados de lado. Amigos são pessoas que além do seus pais, vão estar com você pra vida toda!

Apaixonar-se.

Como você reagiria quando o seu mundo vira de cabeça para baixo? Quando o seu planejamento infalível vira apenas mais uma lista por causa de um amor inesperado? São apenas duas das muitas perguntas que estão na minha mente.

Você resolve passar o verão em um lugar onde nada acontece, onde tudo é monótono, mas é o melhor lugar do mundo, onde desperta o melhor que há em você. Você vai com esse pensamento estúpido por todo o caminho, é como se nada o fizesse sair de sua cabeça.

Passado uns dias, você se vê em um túnel sem saída, um beco. Olha para os lados, reflete. É isso, estou apaixonada. E lá se vai os seus planos de não se apaixonar. Apaixonar-se pelo garoto errado = sofrimento, basicamente.

Você chora, esperneia, quebra, bate e quando encontra com ele, sua paz interior volta e quando você volta se sente linda e glamorosa. Passado uns dias, tudo se repete.

Apaixonar-se não é fácil, não é gentil e nem feliz o tempo todo. Você sofre enquanto a pessoa não te ama. Você se esgota. Você se acha a pior pessoa do mundo. Você não é mais você.

Mas pra não colocar um medo exagerado, achando que é um bicho de sete cabeças, aí vai coisas boas. Apaixonar-se é viver momentos felizes como se fosse o último. É ficar com cara de boba. É ser sem limites. É fazer tudo o que não deve fazer. É sorrir até para a borboleta que passa. É escutar música e lembrar-se dele em todas. É mágico!

Apaixonar-se requer paciência, inteligência, prudência e de preferência, muito AMOR!

Uma história sem início, nem meio, apenas com um fim inacabado.

Eu vou explicar esse texto antes de vocês lerem. Assim, deu vontade de escrever uma história. Ela começou estranha, continuou estranha e terminou estranha. É uma "história" de uma noite. Deve ser alguma coisa, mas eu ainda não sei o que é. Bem, vou deixar que vocês entendam por si só.

Um sorriso se formou no meu rosto. Aquela era a minha deixa.

Eu não estava ali sozinha, eu não estava sorrindo para o vento, como costumava fazer. Eu estava ali por um motivo que nem todos concordariam, mas esse motivo estava me fazendo sorrir, e muito. Nós não tínhamos muito tempo a perder, porque passamos dias enrolando por conta da vergonha.

- Você está bem? Você viaja assim diariamente?

Ele me fazia rir como ninguém nunca fez na vida.

- Eu estou sim. Viajo toda hora. Perco-me em meus pensamentos e acabo me esquecendo do mundo.

Ele abriu o meu sorriso. O sorriso que passou a ser meu deve ter uns dois dias, mas me fazia ficar encantada com tanta beleza.

- Eu poderia até te tirar dessas viagens em pensamentos, mas eu não sei como.

- Eu poderia até te mostrar, mas eu não sou boa nessas coisas.

Eu realmente não sabia ser sedutora. Eu precisava de um curso que me ensinasse isso, URGENTE!

- HAHA, você não sabe nem um pouco como ser sedutora, mas gostei de você assim.

Pronto, ele era o garoto perfeito!

Era como em contos de fadas. A princesa estava ali, indefesa, sem saber o que fazer ou falar. O príncipe estava ali, fazendo a princesa sorrir, o que ela não fazia há muito tempo. É como se aquilo já estivesse escrito em algum lugar. Fora previsto.

- Você não tem idéia do quanto está vermelha, não é? – Perguntou-me, do jeito mais lindo e sutil do mundo!

- Estou? Tudo culpa sua!

- Minha? Eu nunca tinha feito uma garota ficar assim, é fantástico!

Ele me tomou em seus braços e meu deu um abraço que eu estava precisando há muito tempo, e que ninguém pudera me dar. Um abraço reconfortante, que me passasse segurança. Eu poderia ficar assim pra sempre.

Ficamos um bom tempo abraçados. Quando ele me soltou, continuou com uma de suas mãos na minha cintura e colocou a outra na minha bochecha. O toque de suas mãos me fazia sentir liberdade, uma autoconfiança que eu nunca tivera. Eu coloquei uma de minhas mãos por cima das suas e sorri.

- Você com certeza é a pessoa mais bonita que eu já vi na minha vida! – ele me disse, e juntamente me deu o melhor beijo da minha vida!

Eu senti borboletas no meu estômago, senti o mundo girar e eu estava voando. Não como o Peter Pan, mas eu estava voando no meu mundo.

Eu parei o beijo sem querer parar, mas eu precisava de um pouco de fôlego.

- Sabe, nem sempre aparência é tudo. – eu lhe encarei e fiz uma cara de boba.

- É, sabia que você entenderia o bonita dessa forma!

Como assim? Ele estava me chamando de feia?

- Você por acaso está me chamando de feia, seu feio? – eu ri com as minhas próprias palavras idiotas.

- Claro que não. O bonita serviu para a pessoa que você é. Para os seus sentimentos, para o seu carinho, sua cara de boba, seu sorriso de criança. O linda de agora, serve para tudo e mais um pouco. Eu nunca tinha visto uma pessoa equilibradamente linda! É como se tudo em você fosse colocado em seu perfeito lugar. Eu não poderia estar em outro lugar, a não ser aqui.

Eu já estava fraca, meus olhos não viam mais nada por conta das insuportáveis lágrimas que exigiam em descer. Claro, eram lágrimas de felicidade. Nunca, na minha vida, tinham dito uma coisa tão bonita assim pra mim. Não deu. As lágrimas desceram como jatos.

Eu vi sua expressão mudar de feliz para preocupado. Estava tentando lhe falar que não era nada disso, mas eu não consegui.

- Meu Deus, o que houve? O que eu fiz?

Sua preocupação foi tão bonita e estranhamente encantadora. Não consegui me segurar e comecei a rir em meio às lágrimas.

- Calma, não é nada disso. É que nunca ninguém tinha falado nada desse tipo pra mim. Não fique preocupado. Sou uma menina frágil. E retribuindo tudo isso, eu só te posso falar um obrigado. Não existem palavras que possam descrever o que eu estou sentindo.

Eu o beijei. Beijei como se eu fosse morrer daqui a trinta segundos. Eu poderia morrer, mas morreria feliz.

Ficamos horas ali, nos encantando um com o outro cada vez mais. Eu estava deitada em seu colo e ele me fazendo carinho. Aquilo foi me consumindo e eu deixei que o sono me tomasse.

Sonhos.

Ela nasceu assim; literalmente em um conto de fadas. O mais próximo de maldade que ela podia ter era a dos desenhos animados. Ela nunca teve sonhos frustrados, corações partidos e nem mesmo lágrimas sinceras... até completar 14 anos. Ela teve que sair do seu mundinho de princesa e ver o que acontece no mundo real. Até então, ela só saía às vezes, para dar uma verificada e isso acabava machucando-a.

As bruxas dos contos de fadas não eram nada comparadas às pessoas as quais estava sendo submetida. Pisavam nela, por ser fraca e idiota. Quando isso a machucou demais, ela resolveu estourar a bolha e enfrentar o mundo, cara a cara. Nesse momento, o coração dela se apaixonou por meninos que não deveria e, na maioria das vezes, ele saía machucado. Ela levava meses e até anos para curá-lo, e quando conseguia levantar, era derrubada outra vez. As melhores amigas sempre estiveram com ela, mas nunca puderam evitar tudo. Davam conselhos e mostravam o que era melhor, mas ela sempre era teimosa e fazia tudo ao contrário. Até que ela percebeu que estava agindo de forma errada. Ela tinha que começar a expressar suas opiniões. Ela tinha que aprender a dizer “não” quando um destruidor de corações aparecesse. Ela tinha que começar a lutar, como todos do mundo real.

Ela aprendeu a viver. Ela não aprendeu como não sofrer. Ela aprendeu que o coração é contraditório e faz tudo que não deve fazer. Ela aprendeu a ser feliz. Ela aprendeu que, para ter sucesso, tinha que esconder os medos e a insegurança debaixo do tapete. Ela jogou o conto de fadas no lixo, porque, de qualquer forma, ele nunca ia existir. Ela descobriu que, no mundo real, é mais fácil encontrar bruxas malvadas do que o próprio príncipe encantado, o qual julgava ser mais fácil.